O que falar do meu primeiro livro? É como o primeiro amor (risos). É uma trama maravilhosa, envolvente, intensa e perturbadora.
Primeiro vou começar falando um pouco sobre o autor John Boyne, que nasceu em 1971, estudou língua inglesa em Trinity College e literatura criativa em Norwich. Terminando os estudos, ele foi trabalhar numa grande livraria, para ao menos ficar perto das letras. Hoje ele é autor de vários romances, contos e artigos de jornal. O menino do pijama listrado ganhou diversos prêmios e foi traduzido em trinta e quatro línguas diferentes, e essa história foi escrita em apenas dois dias e meio, hoje o livro fez tanto sucesso que foi transformado em filme, mas mesmo assim, como os leitores bem sabem, o livro é muito mais completo e intenso. Isso eu digo por experiência própria, que é muito envolvente e interessante. Então... Vamos embarcar nessa aventura? Porque agora vou falar sobre o livro.
"O menino do pijama listrado" é uma fábula sobre a amizade de dois jovens meninos, Bruno (Alemão) e Shmuel (Judeu) ambos de 9 anos, em tempos de guerra.
Bruno não sabe exatamente nada sobre o Holocausto. Também não faz a mínima ideia que seu país está em guerra com uma boa parte da Europa e muito menos que sua família esta envolvida no conflito. A única coisa que o mesmo sabe, é que foi obrigado a abandonar sua linda, espaçosa, e divertida casa em Berlim ( na qual ele se divertia muito brincando com os seus amigos e de explorar cada canto da casa com muita emoção, na maior parte do tempo, o menino dizia que seria um explorador quando crescesse) e mudar-se para uma região desolada, chamada "Haja-Vista" onde ele não tinha amigos e tinha muitas restrições de onde ele podia ou não brincar ( que não o agradou em nada, o menino que amava se aventurar, perder o direito de se locomover em sua "própria casa", por obediência aos pais que proibiram quase tudo à Bruno). Porém, o menino não achava justo, porque da janela de seu quarto ele podia ver uma cerca, e para além dela, centenas ou milhares de pessoas vestidas igualmente com seus pijamas listrados, onde de muito longe, parece ser muito mais divertido do que sua casa que só tinha a família e adultos por todos os lados fardados que tiravam toda a privacidade de Bruno e sendo comandados o tempo todo pelo seu pai. Não tinha ao menos uma criança pro menino poder conversar, a não ser a chata da irmã mais velha chamada Gretel (uma adolescente de 13 anos) que ele costumava chamar de "Caso Perdido", porque ela vivia rindo e debochando do irmão.
Em uma de suas aventuras escondidas, Bruno chega à cerca e conhece seu novo melhor amigo Shmuel, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos meninos vai ganhando mais consistência, com o tempo, Bruno vai tentando entender o mistério que o ronda e conhecer o trabalho do pai que foi convocado por Hitler (O Fúria) a estar ali. Com sua inocência, Bruno é colocado diante de um monstro terrível e angustiante, também por causa de sua curiosidade e falta de informações que deveriam ser passados por sua própria família e que ele não as tem.
Indico esse livro maravilhoso, angustiante e inimaginável, para todos os públicos, porque posso garantir que é sensacional!
O comentário do USA Today na capa do livro dá a dimensão do tamanho do sucesso deste livro.
"Intenso e perturbador [...], pode se tornar uma introdução tão memorável ao tema como O diário de Anne Frank foi em sua época".
Por Renata Romero
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